DIRETRIZES PARA APLICAÇÃO DE BID PARA TORNEIOS
Programa "MEU TORNEIO" tem como objetivo possibilitar que jogadores, equipes, pessoas físicas e juridicas organizem torneios com disco (ultimate, disc golf, ddc, etc) suportados pela instituição.
A iniciativa surgiu devido aos seguintes pontos:
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A FPD se concentrará em fazer poucos torneios, porém com melhor estrutura. Os torneios organizados pela instiuição serão os oficiais perante a WFDF.
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Trazer para a comunidade senso de pertencimento e responsabilidade na expansão do esporte.
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Buscar boas práticas e formatos diferenciados agregando valor as demais atividades da FPD.
Qualquer pessoa ou equipe pode inscrever seu torneio, porém deve seguir os seguintes passos:
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Preencher o formulário de inscrição de torneios
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Enviar email para vice-presidente@frisbeebrasil.com.br
Vale ressaltar que a escolha dos torneios será baseada na seguinte estrutura:
Primeiro passo - informações Gerais do evento: deverá ser preechidos os campos com Sim ou Não. Para cada item temos um peso relativo maior ou menor. A planilha fará o cálculo automático. Este passo é o mais importante, pois quantifica a estrutura do torneio.
Segundo passo - informações Quantitativas sobre o evento: neste item avaliaremos o "tamanho" do evento. Será analisado a quantidade de jogadores prevista (é importante uma estimativa para balizar os custos) e, consequentemente, o faturamento que o evento gerará. Vale ressaltar alguns pontos importantes:
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Torneios que priorizem mulheres e novatos terão um peso maior na avaliação. Isso ocorrerá, pois temos necessidade de expandir o esporte e estes são os dois maiores vetores para isso ocorrer.
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A FPD cobrará 30% do valor do torneio ou um mínimo de R$500,00. Caso, o torneio não atinja o minimo desejado discutiremos com os organizadores e tomaremos as medidas para não prejudicar ambas as partes.
Terceiro passo - informações extras que engrandecem o evento: para agregar mais valor ao torneio use seu lado marketeiro. Esta fase é qualitativa, porém ter um logo bem feito, um formato diferenciado e trabalhar as regras contarão para diferenciar seu projeto dos demais. Desta forma, além de anexar o excel no seu email inclua um ppt ou word com todos estes itens. Seja criativo.
Além disso, durante evento a FPD terá "auditores" avaliando o evento. os auditores serão membros da FPD e mais 3 membros da comunidade. Para cada torneio teremos um novo grupo de 3 jogadores avaliadores.

FRISBEE BRASIL
Administrado pela Federação Paulista de Disco
Somos apaixonados por disco de diversas cores e tamanhos. Aprendemos a voar sem asas… aprendemos a voar com nossas próprias mãos!
Transformando através do esporte!
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Esporte de Invasão
PRÁTICAS CORPORAIS E A ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO
A editora da Universidade Estadual de Maringá publicou este material com esporte de invasão, no qual, o ultimate frisbee se enquandra. A FPD indica para os professores e educadores que querem implementar a prática em sua escola e instituição.
ULTIMATE FRISBEE
Robson Machado Borges, João Danilo Batista de Oliveira, Admilson Santos e Sandra Regina Rosa Farias
1. Características da modalidade
A história mais aceita para o surgimento do disco frisbee aponta que tenha acontecido no século XX, nos Estados Unidos da América. Estudantes de uma universidade do estado da Pensilvânia começaram a brincar com uma forma de torta de uma fábrica, lançando-a entre eles. Associa-se ao nome dessa fábrica ser Frisbie’s Pies a denominação dada ao esporte, criado por volta de 1960, Ulmate Frisbee.
No Brasil, a modalidade chegou ao final da década de 1980. Hoje é um esporte praticado no país, principalmente em São Paulo, havendo inclusive o campeonato brasileiro de frisbee.
Esse esporte se torna atraente pela necessidade de poucos materiais (um disco, fitas ou cones para demarcação do campo de jogo) e uma estrutura simples para sua prática, que pode ser: uma quadra esportiva, um campo, um pátio da escola, uma praça pública, ou simplesmente uma faixa retangular de terra, grama ou areia da praia. Nesses espaços, basta demarcar duas áreas de pontuação (end zone ou zona de gol), preservando uma área de dimensão maior do que as áreas gol, para a transição de jogo.
Uma peculiaridade desse esporte é o fato de ser um dos poucos esportes no mundo que não possui árbitros. As regras servem como um guia para a prática do jogo, não ocorrendo violações intencionais, pois existe um código de honra e respeito mútuo entre os partipantes. Os jogadores são estimulados a respeitar os princípios do jogo e a praticarem o fair play (jogo limpo), julgando a intencionalidade de suas ações. Em caso de atos involuntários que infrinjam os princípios e ou regras do jogo, o próprio infrator – ao julgar sua ação – assume que cometeu uma infração. Nos casos de lances duvidosos, ocorre a discussão entre os envolvidos até que se julgue a ação e se decida pela connuidade do jogo. Em caso de dúvida ou discordância pela persistência de pontos de vista distintos, a jogada retorna ao lance anterior. Por essas características, o esporte estimula a atitude positiva dos jogadores, o exercício do diálogo e a construção de consensos, bem como o desenvolvimento da capacidade de ação, reflexão, argumentação, comunicação e juízo de valor de suas ações e papéis assumidos no jogo.
O objetivo desse esporte é fazer com que um membro da equipe receba o disco na área de gol (end zone) da equipe adversária. Cada disco recebido nesse local é convertido em ponto. A cada ponto marcado por uma das equipes, gera a troca de lados no campo. Os integrantes da equipe de defesa devem adquirir a posse do disco para iniciar um contra-ataque. Nessa ‘luta’ pelo disco, não deve existir contato físico direto e intencional entre os oponentes. A recuperação do disco, em toda a extensão da área de jogo, deve ser realizada pela interceptação no seu percurso de vôo. Vence a disputa a equipe que ver marcado maior número de pontos ao final da parda.
Durante o jogo o parcipante que recebe o disco não poderá se deslocar, apenas poderá ulizar o pé de pivô. Para dar seguimento ao jogo (efetuando um passe ou lançamento para um de seus seis companheiros – cada equipe atua com sete jogadores em campo), o jogador tem 10 segundos para se desfazer do disco. A posse do móvel muda de equipe sempre que: a) o objeto for lançado para fora da área de jogo; b) a equipe de posse do disco deixá-lo cair no chão; c) quando a equipe que está no ataque comete uma infração (andar com a posse do disco na mão, por exemplo).
Ao analisar a lógica interna da modalidade, observa-se que o frisbee é um esporte de invasão, da mesma família do hóquei no gelo e do futebol. Pois, apesar de um ser praticado com um disco, outro no gelo e outro com os pés, a característica primordial dessas modalidades são semelhantes, uma vez que os esportes de invasão consistem em “[...] invadir o setor defendido pelo adversário procurando angir a meta contrária para pontuar, protegendo simultaneamente a sua própria meta” (GONZÁLEZ, 2006, p. 117). Quanto à forma de colaboração, é coletivo à medida que há cooperação de parceiros formando uma equipe. E como as ações dos parcipantes interferem – ao passo que sofrem interferência – no modo de proceder dos oponentes, é considerado um esporte com interação do adversário.
O frisbee se caracteriza pela alternância constante de situações de ataque e defesa entre as equipes. Por isso é um esporte muito dinâmico, em que é necessário perceber a situação de jogo (posicionamento dos companheiros e adversários em relação às áreas de gol – tanto de ataque quanto de defesa) e tomar decisões de forma constante para escolher as melhores ações a realizar.
2. Alguns elementos de desempenho esportivos do frisbee
O frisbee é constuído por vários elementos do desempenho esportivo. O conjunto desses elementos – alguns com maior presença do que outros, dependendo da situação – determina o desempenho de atletas e equipes e, consequentemente, os resultados dos jogos. Desses elementos, é possível apontar que a técnica no frisbee corresponde à forma de executar os movimentos de: deslocamento, pé de pivô, saltos, passes/ lançamentos (forehand e backhand) e recepção do disco. É um importante elemento do desempenho esportivo que precisa ser trabalhado, preferencialmente, vinculando-a às situações de jogo, envolvendo oposição direta entre atacantes e defensores.
Entre todos os elementos a tática individual precisa receber uma atenção especial, de modo que seja central no processo de ensino. Pois, costumeiramente, os problemas nas atuações dos alunos se vinculam às escolhas inadequadas no momento da ação, o que corresponde à dificuldade de ordem tática. Por exemplo, o jogador que estiver com posse do disco precisará ser ensinado a solucionar cognitivamente o que fazer: passar/lançar para qual dos companheiros? Em que momento? Realizando qual tipo de passe/lançamento? Em qual direção? Das intenções táticas possíveis nesse esporte, ‘desmarcar-se para receber’ ganha destaque. Pois, enquanto no futebol, por exemplo, essa intenção tática é ultiizada para buscar uma condição favorável para finalizar, no frisbee a desmarcação para receber o disco na zona de pontuação realizada com êxito, significa o ponto. Logo, o jogador que consegue se desmarcar em direção à zona de pontuação e receber o disco, conseguirá realizar uma das mais importantes ações desse esporte.
As combinações táticas são ulizadas frequentemente no ataque a na defesa. Correspondem as convenções dos movimentos com um ou mais jogadores da equipe para se sobressair sobre o adversário em uma determinada situação de ataque ou de defesa. Jogadas como: passar e seguir, bloqueio indireto, bloqueio direto dinâmico e bloqueio direto estático, são exemplos dessas ações combinadas no frisbee. Outro elemento importante é o sistema de jogo. Ele diz respeito às distribuições dos jogadores em campo e as funções/atribuições de cada parcipante na disputa. Na defesa, entre outros possíveis, podemos citar: por zona, individual e misto. Ainda, é possível apontar que o retorno defensivo pode ocorrer: com pressão sobre o portador e sem pressão. No último caso, a marcação é realizada atrás da linha do disco. Como sistemas ofensivos, é possível mencionar o ofensivo posicional e a circulação entre posições. Além disso, no sistema de transição, pode ocorrer o contra-ataque direto e o sustentado.
3. Mapa de conhecimentos
A descrição do mapa está organizada com base nos conhecimentos táticos da modalidade, em etapas de complexidade crescente. Particularmente, dentro dos esportes de invasão, uma das descrições mais ricas é a que apresenta os quatro subpapéis que os jogadores desempenham durante o jogo: atacante com posse de bola (ACPB), atacante sem posse de bola (ASPB), defensor do atacante com posse de bola (DACPB) e defensor do atacante sem posse de bola (DASPB). A ulização dessa descrição ganha sendo, no momento em que se compreende que as ações dos jogadores durante os esportes de invasão, são distintas e mudam constantemente em função da alternância da posse da bola. Pode soar estranho essa denominação quando se refere a um esporte que não é praticado com uma bola, mas o disco não muda substancialmente o conceito. A lógica de funcionamento das intenções táticas a serem mobilizadas é a mesma, não se altera em razão do objeto de jogo.
Atenção! Um aspecto importante, diz respeito à descrição dos planos de aulas neste livro. Por uma questão de espaço, não é possível apresentar os 20 planos de aulas criados
para a modalidade Ulmate Frisbee. Desse modo, 10 estão contemplados nesse material (idenficados no mapa que segue pela sigla MI= Material Impresso) e os outros 10, idenficados no mapa com a sigla DR= Disponível na Rede, estão num livro eletrônico:
- BRASIL. Ministério do Esporte. Esporte na escola. Disponível em: <hp://www.esporte.gov.br/index.php/instucional/esporte-educacao-lazer-e-inclusao- social/segundo-tempo-na-escola>. Acesso em: 5 jun. 2014.
4. Orientações didáticas
Para auxiliar no desenvolvimento das aulas, acrescentamos aqui algumas sugestões didáticas em relação às apresentadas no início do livro. Não se esqueça de voltar a ler aquelas orientações sempre que for planejar seu trabalho.
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É interessante a ulização de colchonetes para que nas ações de recepção do disco os alunos possam fazer saltos e quedas, ampliando as possibilidades de execução da recepção com movimentos performáticos.
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As manobras realizadas pelos alunos durante a aula podem ser registradas em filmagem e/ou fotografias e depois exibidas para eles. Depois da exposição dos vídeos o professor pode estimular os alunos a tentar realizar algumas das manobras exibidas.
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Caso houver muitos alunos realizando a mesma tarefa, dois discos poderão ser ulizados, desde que não obstrua o foco da intenção tática desenvolvida nessa aula.
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Orientar os alunos a segurarem firme o disco (empunhadura). Normalmente é lançado com a parte côncava para baixo, porém há possibilidade do inverso e do lançamento do mesmo em posição vertical.
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A função de técnico/substituto por equipe é extremamente enriquecedora ao aluno. Durante um pequeno período ele tem a função de observar seus colegas, buscando perceber pontos falhos que limitam o desempenho do aluno e prejudicam sua equipe. Posteriormente, poderá instruir seus companheiros. Nesse processo, é interessante a contribuição do professor nas primeiras vezes.
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É importante que todos os alunos parcitipem ao mesmo tempo e ninguém fique ‘de fora’.
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As equipes precisam estar equilibradas, com nível semelhante de desempenho dos jogadores.
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O tempo das atividades não deve ser extenso (por uma questão fisica e de motivação dos alunos). Recomendamos em torno de 8, 10 minutos.
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Durante a conscientização tática, é necessário perspicácia para aproveitar as respostas dos alunos, visando a sequência do diálogo. No surgimento de respostas que não são ‘as mais adequadas’, é preciso valorizá-las, conduzindo os alunos à reflexão, para alcançar respostas corretas.
É importante o conhecimento das regras da modalidade, que estão disponíveis no site:
- FEDERAÇÃO PAULISTA DE DISCO. Frisbee Brasil. Disponível em: <hp://www.frisbeebrasil.com.br/>. Acesso em: 5 maio 2014.
5. Espaço e materiais
Para a realização das aulas, recomendamos utilizar espaço de jogo do frisbee de forma que todos os alunos participem das tarefas ao mesmo tempo. Para tanto, propomos jogos com estrutura funcional reduzida (3v3 ou 4v4, dependendo do número de alunos na turma). Por exemplo, se houver 32 alunos na turma, a quadra será dividida em 4 quadrantes, havendo 4 jogos simultâneos, disputado por um total de 8 equipes. Os materiais necessários para as aulas constam na parte que segue (a quantidade dependerá de cada aula): discos de frisbee; colchonetes ou colchões; jalecos; cones; bambolês; garrafas pet (2 l); cordas.
6. O campeonato da modalidade
Para início do campeonato é preciso organizar as equipes. Como forma de divisão, entre tantas existentes que buscam ‘equiparidade’, sugerimos que a turma escolha três alunos para separar os ‘times’, de modo que eles fiquem equilibrados, pois ao final da separação haverá um sorteio para definir em quais equipes os três jogadores que fizeram a divisão serão parcipantes.
O número de jogadores em cada equipe poderá ser 7, 8, 9, etc. O grupo deverá definir quem serão os jogadores, os assessores de imprensa (noticiar o evento, divulgar resultados, etc.), os técnicos, os assistentes, os secretários (registro dos resultados, dos pontos) e os fotógrafos.
O sistema de disputa poderá ser realizado de forma que as três equipes joguem entre si, em turno e returno. Com isso, sempre duas turmas se enfrentam (exemplo: Turma A x Turma B), com outra turma responsável pela organização e execução (Turma C). A vitória vale 3 pontos, empate 2 e derrota 1 ponto.
Em cada aula haverá um jogo, assim, serão necessárias seis aulas. Outra opção, dependendo da disponibilidade, é fazer um dia todo de festival, nesse caso todos os jogos seriam na mesma data. No entanto, pela questão de idenficação e pertencimento – principalmente – que surge no campeonato, sugerimos que o torneio em um dia único seja a úlma opção e que os alunos sejam convidados a parcipar da construção dos critérios de desempate.
REFERÊNCIAS
DACOSTA, Lamarne (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: CONFEF, 2006.
GONZÁLEZ, Fernando Jaime. Sistema de classificação dos esportes. In: REZER, Ricardo (Org.). O fenômeno esporvo: ensaios críco-reflexivos. Chapecó: Argos, 2006. FEDERAÇÃO PAULISTA DE DISCO. Frisbee Brasil. Disponível em: <hp://www.frisbeebrasil.com.br/>. Acesso em: 5 maio 2014.
ULTIMATE Frisbee. Disponível em: <hp://universodosesportes.wordpress.com/ulmate-frisbee-2/>. Acesso em: 5 maio 2014.
